quarta-feira, 30 de junho de 2010

BRASÍLIA - DF


De repente a vida me trouxe para Brasília. E é real: a gente daqui tem um jeito especial de vestir.

"Daqui" não quer dizer só o brasiliense, mas todo mundo que veio de toda parte e está aqui por alguma razão. E ter gente vinda de todo lado já muda um tantão o jeito de vestir. O tempo inteiro, mulheres com referências muito diferentes sobre a maneira de vestir (e sobre beleza, conforto, elegância...) se esbarram por aqui e todas nós, de alguma forma, nos influenciamos mutuamente. Brasília faz um calorão e é uma secura. A roupa não pode ser quente demais, suar demais, amassar demais, sujar demais. Bem cedinho já tem sol daqueles (um céu lindo ano inteiro!) e a falta da chuva faz um poeirão. Tem que pensar nisso pra vestir. (Ah, diz que quando a época é de chuva, aí tem mais essa!) Além disso, muita gente aqui veio para trabalhar (aquela fama de que em Brasília ninguém trabalha é muito injusta) e faz um esforção para não cair na armadilha da roupa de trabalho sem graça-chata-caretona. Tem gente que faz ginática bem de manhã e já sai da casa com a mala pronta para a roupa do dia inteiro. Tem quem só vai voltar para casa tardão e sempre tem uma peça coringa pra incrementar a produção pro compromisso depois do trabalho. Quem pode e tem estrutura, lava e passa roupa em casa, só manda pra lavanderia aquilo que merece mais cuidado. E de outro lado, tem quem manda tuuuudo pra lavar fora de casa (hello, pessoal do flat!) e nunca sabe direito de que jeito a roupa vai voltar, quanto vai durar... Isso tudo e mais elementos como a arquitetura - que muda a percepção de que a gente tem das formas, da linha reta, das cores... o poder - que quase sempre influencia a imagem que a gente quer transmitir pros outros... a riqueza - que tem a ver com quanto, como e se a gente acha importante investir  na aparência... resultam em um vestir-se bem característico. É disso que vamos falar: um montão de mulheres, interpretações diferentes para a "informação de moda", um conjunto enorme de referências vindas de todo Brasil e o que o dia-a-dia faz com os nossos guarda-roupas.

Reparei. Vou dividir. Bem-vindas!