Quando a gente estuda "imagem pessoal", logo nas primeiras aulas (na primeira, geralmente!) passa muito tempo se dedicando aos tipos de corpo. Sabe quando você pega uma revista que divide as mulheres em ampulheta, triângulo, oval e afins?! É disso que se trata! Na verdade, o que a gente faz é um estudo das proporções corporais, levanto em conta as medidas planas de ombro, cintura e quadril. (Aí embaixo tem uma ilustração desse jeito de classificar os corpinhos.)
Esse estudo é muito importante porque, por meio dele, é que a gente descobre o que deve valorizar e o que deve "camuflar" para ter uma silhueta mais harmônica e, a partir daí, trabalhar as roupas e acessórios da forma mais apropriada para cada uma. É dessa análise que sai aquela nossa conversa de ter a parte de cima ou de baixo visualmente mais pesada no corpo, sabe?!
Como método essa classificação tem muito valor - juro - mas carrega também um monte de ressalvas. Aquilo que a gente vê na revista como "apropriado" pro tipo de corpo que a gente acha que tem, pode não ser a melhor idéia, ou pode ser uma ótima idéia com pequenas adaptações.
O que quero dizer é que existem outros fatores que influenciam no peso visual da nossa figura: peitão, bumbumzão, pescoço curto ou comprido, braço curto ou comprido, perna fina ou grossa, cintura mais ou menos marcada, posicionamento dos ombros, traços e proporções do rosto, por exemplo. Quando a gente soma todas as características individuiais - o conjunto completo - é que consegue dizer o que fica mais bonito e o que não favorece tanto assim o nosso corpo.
(Por exemplo para quem me conhece na vida real: eu tenho as medidas planas de ombro e quadril iguais e a medida da cintura menor do que essas - isso me faz ser um corpo ampulheta! Mas, a minha cintura não é muito acentuada, meus ombros são um pouquinho projetados pra frente e eu tenho peitão, então nem tudo que cabe perfeitamente numa ampulheta serve para mim, entendeu?!)
Quando a gente tiver esse tipo de informação genérica, principalmente naquelas páginas de "certo e errado", precisa de cuidado máximo porque aquilo é a regra, mas nem sempre corresponde à nossa realidade. Além disso, "certo e errado" é meio coisa do passado (opinião minha, tá!?) porque hoje a gente tem tanta tecnologia na produção dos tecidos e tantas variedades de modelagem nas peças que, se a gente faz um estudo bem certinho das nossas proporções, quase sempre arruma um jeito de poder usar o que faz a gente mais feliz, pelo menos de vez em quando.
* Esse post, leioras-queridas-que-mandaram-email, é para responder que não existe o que pode ou não pode e, menos ainda, se a gente levar em conta só uma característica marcante no corpo. Junto com as dúvidas, por favor, mandem as fotos e aí sim tenho mais condição de responder e dividir o aprendizado aqui. Combinado? Bjs!