terça-feira, 31 de agosto de 2010

Quando a gente estuda "imagem pessoal", logo nas primeiras aulas (na primeira, geralmente!) passa muito tempo se dedicando aos tipos de corpo. Sabe quando você pega uma revista que divide as mulheres em ampulheta, triângulo, oval e afins?! É disso que se trata! Na verdade, o que a gente faz é um estudo das proporções corporais, levanto em conta as medidas planas de ombro, cintura e quadril. (Aí embaixo tem uma ilustração desse jeito de classificar os corpinhos.)

Esse estudo é muito importante porque, por meio dele, é que a gente descobre o que deve valorizar e o que deve "camuflar" para ter uma silhueta mais harmônica e, a partir daí, trabalhar as roupas e acessórios da forma mais apropriada para cada uma. É dessa análise que sai aquela nossa conversa de ter a parte de cima ou de baixo visualmente mais pesada no corpo, sabe?!



Como método essa classificação tem muito valor - juro - mas carrega também um monte de ressalvas. Aquilo que a gente vê na revista como "apropriado" pro tipo de corpo que a gente acha que tem, pode não ser a melhor idéia, ou pode ser uma ótima idéia com pequenas adaptações.

O que quero dizer é que existem outros fatores que influenciam no peso visual da nossa figura: peitão, bumbumzão, pescoço curto ou comprido, braço curto ou comprido, perna fina ou grossa, cintura mais ou menos marcada, posicionamento dos ombros, traços e proporções do rosto, por exemplo. Quando a gente soma todas as características individuiais - o conjunto completo - é que consegue dizer o que fica mais bonito e o que não favorece tanto assim o nosso corpo.

(Por exemplo para quem me conhece na vida real: eu tenho as medidas planas de ombro e quadril iguais e a medida da cintura menor do que essas - isso me faz ser um corpo ampulheta! Mas, a minha cintura não é muito acentuada, meus ombros são um pouquinho projetados pra frente e eu tenho peitão, então nem tudo que cabe perfeitamente numa ampulheta serve para mim, entendeu?!)

Quando a gente tiver esse tipo de informação genérica, principalmente naquelas páginas de "certo e errado", precisa de cuidado máximo porque aquilo é a regra, mas nem sempre corresponde à nossa realidade. Além disso, "certo e errado" é meio coisa do passado (opinião minha, tá!?) porque hoje a gente tem tanta tecnologia na produção dos tecidos e tantas variedades de modelagem nas peças que, se a gente faz um estudo bem certinho das nossas proporções, quase sempre arruma um jeito de poder usar o que faz a gente mais feliz, pelo menos de vez em quando.

* Esse post, leioras-queridas-que-mandaram-email, é para responder que não existe o que pode ou não pode e, menos ainda, se a gente levar em conta só uma característica marcante no corpo. Junto com as dúvidas, por favor, mandem as fotos e aí sim tenho mais condição de responder e dividir o aprendizado aqui. Combinado? Bjs!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Os opostos se atraem!

Sabe quando você tem uma amiga que é exatamente o seu oposto e parece que justamente por isso é que os encontros entre vocês são tão valiosos? Ou aquele marido-noivo-namorado que é tão diferente de você e ao mesmo tempo tão essencial? Isso é c-o-m-p-l-e-m-e-n-t-a-r-i-e-d-a-d-e, e advinhem (?!), funciona pra roupa também.

Dois "jeitos de misturar opostos" estão circulando muito e, se a gente ainda não aprendeu, precisa ficar de olho bem aberto porque essas misturas podem resultar em produções um tanto mais interessantes.

Desde quando veio a onda boyfriend, as donzelas mais antenadinas estão mergulhadas nesse universo do guarda-roupa masculino, incorporando calças, paletós, bermudas, camisas e sapatos - tudo com cara de menino - nas produções. (Com cara de menino mas feito pra menina mesmo, viu?! Porque a verdade verdadeira é que existem muito poucas chances de uma roupa do seu namorado ter um bom caimento para você!). E, pelo tom da nossa conversa, vocês já devem imaginar como é que a gente faz para as peças supostamente masculinas funcionarem, né?! É isso mesmo: equilibra a produção com outras peças beeeem femininas. Olha só:

Kate Holmes: jeans boyfriend equilibrado com sapatilha, cardigan e lencinho no pescoço. Jessica Alba: as sapatilhas e o cabelo em coque com trancinhas fazem as vezes de "cara de menina". Jennifer Aniston: camiseta sequinha e paletó acinturado contrapõem a dupla jeans e tênis.

O paletó de menino faz dupla equilibrada com short de bolinha. Por sua vez, a camisa (e o suspensório), herança masculina, combinada com saia justa curtinha e meia fina ou usada feito casaquinho sobre o vestido justo e curtinho.

Sapato Oxford: inspiração masculina, combinada com florais e tons rosados.


O segundo jeito de misturar opostos que tem rendido produções bem interessantes é a combinação de peças (com cara de) leves e peças (com cara de) pesadonas. Enquanto ainda tem um pouquinho de frio (oi, São Paulo!), casacos de inverno, tipo couro, saem de casa na companhia de vestidinhos de tecidos mais fluidos ou estampados, que super transmitem leveza. Pra quem já tem calorão (BSB!), é só olhar pras vitrines... vem aí um verão cheio de sapatos e bolsas pesadões (ei! todo mundo já tá prestando atenção na onda dos clogs?), que farão belos pares com pernocas de fora, sainhas, vestidões, camisetinha e tudo o mais que tiver que contribuir para equilibrar a sensação leve/pesado. Ó quanto ensinamento nas fotos:

Pesos diferentes e juntos: casacos pesadões com vestidinhos que transmitem leveza e bota de couro combinada com topzinho tomara-que-caia.

Fica de olho que tem muita mistura boa pra gente guardar e testar. Com certeza, todo mundo tem no guarda-roupa aquelas combinações que, no fundo, a gente achou que "não conversava muito". Vale aí o seu exercício para descobrir novos complementares e trazer novidade pro jeito de vestir do dia-a-dia.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Valor Agregado

Preparem-se, porque essa vai ser uma conversa longa! Começa aqui o primeiro post sobre acessórios do Closet e esse assunto, com certeza, nunca vai parar de render.

Hoje, acessório é sinônimo de "agregar valor" - que aqui na nossa linguagem quer dizer "mais beleza" - e já é parte essencial de toda produção bem feita. Esse universo está se tornando mais rico a cada dia, com novos materias, muita cor, muitas possibilidades de coordenação entre peças e jeitos diferentes de usar. Aquela época em que acessório era bolsa-sapato-cinto-brinco-anel, ficou beeeem pra trás!

Quantas possibilidades a gente tem? Presta atenção: sapato, tornozeleira, cinto, bolsa, anel, relógio, pulseira, bracelete, colar, brinco, piercing, óculos, chapéus, bonés, tiaras, lenços, broches e até luvas e suspensórios para quem for mais corajoso. Já é um monte, não é?! E, vamos lá, quem tem mais pra lista, compartilha!





Não existe tanta regra assim para acessório. Quer dizer, sim, existem algumas, mas toda temporada tem novidade - pro bem. Lembra que não podia misturar prateado com dourado e hoje pode? Lembra que o sapato tinha que combinar com a bolsa e hoje tem mais graça se descombinar? Lembra que chapéu era coisa de usar na praia e olhe lá? Lembra que só podia usar um anel por vez e no dedo certo? Aleluia que tanta coisa melhorou!

Na hora de usar acessório, em princípio, a gente deve pensar em três coisas: proporções, coerência e harmonia.



Proporção quer dizer que existe um acessório de tamanho apropriado para cada pessoa. Por exemplo, um brinco que é brincão na Claudia Raia, é mais que brincão na Sandy, fica semi-impróprio. Na mesma linha, uma bolsinha de mão da Sandy, deve ficar tipo porta-moeda na mão da Claudia Raia, deu pra entender? A gente precisa respeitar isso e, embora possa pegar algumas peças emprestadas das amigas de vez em quando, tem que saber que em cada silhueta o impacto visual é diferente. Vale para todos os acessórios!





Coerência tem a ver com os acessórios conversarem entre si e com a produção toda. Sabe quando menino usa terno super elegante, cinto e sapato impecável, combinado com aquele relógio de corrida? Ou quando uma donzela escolhe bolsa clássica combinando com all star? Esse é o tipo de combinação que, na verdade, não combina. A orientação não é a gente sair vestida de Coco Chanel (combinandinho todos os detalhes) na rua e todo mundo igualzinha, mas precisa "manter a linha de raciocínio", pelo menos. Quando a produção é pro trabalho, com peças estruturadas, por exemplo, a gente tem que procurar uma bolsa mais sofisticada, tipo couro... e aí, no fim de semana, quando coloca bermuda jeans, camiseta e tênis, já pode apostar nas bolsas mais molengas, estampadas e de materias mais despojados.



E o último dos três, a harmonia, é quando a gente usa o bom senso para não sair de casa parecendo a Rainha da Sucata, lembra dela? Além das peças terem a proporção certa para você e conversarem com a sua produção, não dá pra usar tudo-ao-mesmo-tempo-já! Aquela fase de só usar brinco de bolinha e pronto é preguiça e preguiça dá sono nos olhos do outro (!), mas a gente precisa apostar em um ou dois pontos para não dividir atenção - isso quer dizer que quando a gente coloca brinco poderoso, por exemplo, se colocar colar poderoso, bolsinha poderosa e sandália de musa de escola de samba, o olho do outro fica confuso, não sabe para onde ir e a gente comunica bagunça total!

Estou no finalzinho desse primeiro post e, conforme o previsto, ainda tem um tanto de coisa pra falar desse mesmo assunto. Vamos combinar que, por enquanto, a gente vai testando esses "três mandamentos" e mandando as dúvidas por e-mail ou comentário?! Vocês testam, aí desse lado, como a gente faz para colocar em prática essa nossa conversa. E eu, daqui, além de exercitar os acessórios, sigo reparando e juntando ensinamentos de dia a dia, pra gente dividir. E, lá na frente, todo mundo vai fazer bonito junto!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Fica-a-Dica!



A Hermès-Paris - marca famosa que faz aquela bolsa também famosa que é super-desejo de muitas mulheres, a Birkin - é também super referência por conta dos seus lenços, muito enriquecedores de produções.

No fim de semana, em v-á-r-i-o-s sites/blogs de moda circulou o "J´aime mon carré" (ou I Love My Scarf - clica em cima do nome para ver!!!), endereço que a Hermès-Paris lançou com fotos e editais inspiradores de donzelas usando os lenços da marca. Quem gosta do acessório, vale muito a pena conferir e adaptar o que gostar pra nossa realidade de Brasil. Não perde!

Prometi e, aos poucos (perdoem!), quero construir um conjunto/arquivo daquilo que vejo e acho bonito, pra todo mundo compartilhar... mas não sei como fazer. Leitoras Comunicadoras, vocês podem me dizer se é melhor flickr, tumblr ou afins ou o que?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

GG

Em 2004 o Dove lançou a campanha pela real beleza, lembra? Não sei dizer o que aquilo significava no universo publicitário, mas na minha vidinha-de-aluninha-chatinha-da-PUC da época, foi bem importante, no sentido de "olhar pra gente de verdade" e ver aquilo associado com o tema da beleza - e é isso que a gente faz na consultoria de imagem, né, encontrar beleza na vida real!



Na mesma linha da campanha pela real beleza e com todo o avanço do papel que o consumidor tem no mercado, as opções para vida real cresceram muito: mulher com pé maior que 37 encontra sapato bonito e com pé menor que 35 não precisa mais comprar em loja de criança;  mulher de peitinho encontra sutiã para fazer peitão; mulher altona já tem calça que não fica faltando pano na barra; quem tem pouco cabelo pode por aplique; quem tem cabelo demais faz depilação definitiva; por aí vai...

E um dos resultados mais positivos desse movimento todo é a valorização da mulher verdadeira, com tudo que ela tem direito, inclusive os seus quilinhos a mais. Não me refiro apenas à multiplicação expressiva das lojas GG, mas também à mudança de atitude das marcas que tradicionalmente atendiam até o manequim 42 e hoje vão um pouco mais longe do que isso (tipo Alexandre Herchcovitch). Não existe mais nenhuma razão para o guarda-roupa da mulher gordinha ser chato ou sem graça, mas precisa exercitar.

A primeira armadilha - lição, mais uma vez, está em adquirir as peças de tamanho certo. P-r-e-c-i-s-a experimentar todas as peças antes de levar para casa; não adianta nada chegar na loja e comprar logo G ou GG ou o tamanho X só por hábito! Faz muita diferença saber os efeitos que o corte da peça e o caimento do tecido tem para o seu corpo.


Fluvia Lacerda: brasileira, modelo plus-size sucesso nos EUA e bem-resolvida.

Aquele pensamento de "vou comprar maior para ficar larguinho" também é super inimigo de produções elegantes. As peças folgadas em excesso só adicionam um volume desnecessário à silhueta. Essa é a armadinha do conjunto legging + camisetão e da super onda das batas!

A legging + camisetão, por exemplo, em vez de disfarçar a gordurinha sobrando, acentua o volume na regiao abdominal e quadris e reforça a diferença de proporções entre a parte magrinha (tornozelos evidenciados pela calça justa) e a parte gordinha (tranco coberto por um montão de pano). Em vez disso, pode ter muito mais elegângia a gente mostrar o tornozelo (que é mesmo uma parte mais magrinhas) com saias ou vestidos na altura dos joelhos combinados com partes de cima que criam a "sensação de cintura", tipo camisas, ou peças cachecouer (aquelas transpassadas na frente, que geralmente tem uma amarração na lateral, sabe?)

As batas, consideradas coringas no guarda-roupa de quem se sente um pouquinho acima do peso, também merecem um pouco de cuidado. Sempre que a gente optar por peças amplas, precisa se assegurar de que o tecido não é daquele tipo que fica armadinho, mais estruturado - porque isso tem o mesmo efeito de criar volume. Melhores opções são aquelas as peças com caimento mais "pesadinho" (sem ficar esvoaçante) e que deixam parte magrinhas à mostra: mangas 3/4, com antebraço e pulso evidentes; decotes mais profundos, com colo evidente;  peças que deixam um pedacinho do ombro de fora e trazem sensualidade, de um jeito bom.

A atenção do mercado para a real beleza ampliou bastante as possibilidades de t-o-d-a-s as mulheres encontrarem um caminho mais feliz e com elegância na hora de enfrentar o espelho. O que cabe a cada uma é fazer o esforço para fazer bonito também na hora de vestir, sem preguiça e sem mesmice. Mulher bonita não é (e nem precisa ser, ufa!) sinônimo de tamanho P na etiqueta.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Retomando: a barra da calça

Ana Paula tem toda razão: faltam ilustrações e uma explicação mais certinha sobre a altura da barra da calça! Alí embaixo eu disse que a gente deve ter as calças específicas para salto alto e calças específicas para sapatos baixos e isso se aplica tanto aos modelos de boca larga quanto aos modelos de boca estreita, olha só:

Boca Larga

Para as calças de BOCA LARGA (bootcut, boca-de-sino, pantalonas, retas) + sapato ALTO: a barra deve ficar do meio do salto para baixo, lembrando que vale a gente manter um centímetro de distância do chão, para não detonar a calça e nem ficar pisando toda hora.

Calças de BOCA LARGA + sapato BAIXO: a barra da calça também fica a um dedinho do chão. Quem tem tempo, costureira boa e bastante cuidado faz a barra um pouquinho mais curta na parte de cima do pé do que no calcanhar, de um jeito que sempre vai aparecer pelo menos a ponta toda do sapato.

Boca Estreita

Quando a calça tem BOCA ESTREITA (tanto faz ser skinny ou mais soltinha, tipo a segunda foto!), vale sempre a marcação da barra na altura do ossinho do tornozelo, tanto pro sapato ALTO quanto pro sapato BAIXO. Só que precisa vestir para testar, porque se a gente ficar mais de ponta de pé ou mais pés no chão - conforme a altura do sapato - isso muda o caimento da calça no corpo e daí a necessidade de alterar a altura da barra.

Em época de calças boyfriend, saruel, carrot e afins, a gente tem visto muita barra dobradinha na metade da canela, na mesma medida em que tem visto sknnys enrugadinhas (como se sobrasse pano) na região do tornozelo. E vale? Sim, valer sempre vale, mas tudo isso tem impacto direto na silhueta - geralmente encurtando e engrossando visualmente as pernas - que não é tão bom assim!

Tendências nas barras:
1 - Mila Kunis na versão skinny enrugadinha (mas na altura do ossinho) 
2 - Alessandra Ambrósio na versão boca de sino compridona (mantendo a regra do meio do salto pra baixo)

Essas marcações que eu indiquei não são as únicas possíveis, mas são seguras, principalmente quando a gente quer construir a imagem longilínea - desejo de 98% das donzelas - e não alterar de jeito negativo as nossas proporções corporais.

Melhorou, Ana?!
Diálogo aberto eu gosto e preciso sempre... pro blog ser bom pro dois lados!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

"que é pra ficar no teu corpo, feito tatuagem"


Fernanda Young, na Playboy

Tatuagem é assunto antigo e cheio de opiniões completamente antagônicas, mas a gente, aqui, não vai entrar na polêmica do "ter ou não ter", ok?!  O fato: tatuagem é uma intervenção visual na nossa figura e ainda tem caráter definitivo.

(Ok pessoal, dá pra tirar com laser e afins, mas a gente já teve mil exemplos de que remover uma tatuagem é caro, dói e nem sempre o resultado satisfaz!)

Ter tatuagem aparente é o tipo de "fator" que a gente vai ter que levar em conta todo dia na hora de sair de casa e eu juro que não digo isso por nenhum tipo de preferência pessoal. Quer ver só?!

Rihanna / Penélope Nova

Primeiro: se a tatuagem aparece, ela transmite algo ao seu respeito, para o bem ou para o mal. Do mesmo jeito que a roupa faz, a gente corre o risco de passar mensagens ambíguas. Embora o Brasil seja um país que super adotou a tatuagem, também é um país em que um tantão de gente ainda torce o nariz e tem uma idéia meio antiguinha de associar a tatuagem com agressividade, rebeldia e um "sub-mundo" punk. Não é o meu jeito de pensar, mas existe sim e é melhor as donzelas tatuadas levarem isso em conta.


Pitty

Dois: se a tatuagem não é assim tão singela, inevitavelmente ela atrai o olhar (do outro) para o local do desenho. Quem já tem a parte de cima do corpo visualmente mais pesada e decide tatuar braços e ombros, por exemplo, vai chamar ainda mais atenção para essas partes, reforçando o desequilíbrio de proporções. Do mesmo jeito, quem tem tornozelo gordinho, deve passar longe das tatuagens na região das panturrilhas ou pés, porque os olhos - sem dúvida - vão direto para essa região. Dá para entender?


Fotos: The Sartorialist

E mais uma coisinha, que pode até render outro post: maquiagem definitiva é tatuagem. Quando a gente usa esse tipo de artifício para corrigir algumas falhas, acho super válido - tipo quem tem a sobrancelha muito apagadinha e faz uma marcação bem suave (e no tom apropriado) para reforçar a moldura dos olhos. Em contrapartida, quando a pessoa inventa um desenho de sobrancelha para si e faz uma marcação muito pesada, por exemplo, só de bater o olho a gente já identifica a desarmonia com o rosto - é como você olhar para uma pessoa e os olhos serem amorosos mas as sobrancelhas serem meio nervosas!


Foto: The Sartorialist

Só de olhar ao redor a gente já vai ter mil exemplos para prestar atenção nessa coisa de "impacto visual", mas se precisar, as fotos ilustram um pouco dessa conversa. Eu, particularmente, acho que existem muitos exemplos do bem (oi, pés da Mira!), mas elementos com mais cara de "para sempre" merecem reflexão dobrada!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Descaso não combina com Beleza.

A nossa conversa sobre a imagem pessoal está sempre circulando em torno do que a gente veste e o que esse vestir comunica aos outros nas mais diversas ocasiões. Isso não quer dizer que a gente tem que ter no guarda-roupa as últimas tendências da moda e nem que precisar gastar todo orçamento em marcas bacanas. É claro que ter peças atuais e de boa qualidade contribuem muito nessa comunicação, mas outro monte de detalhes devem ser levados em conta. Independentemente de "quanto custa", em dinheiros, a imagem que a gente transmite, tem coisas que não custam quase nada - listinha abaixo - e podem fazer toda a diferença para o bem ou para o mal.

Barra da Calça: vocês podem até achar ruim comigo, mas é sim verdade que a gente deve ter calças específicas para usar com salto e calças para usar com sapato baixo (sapatilha, rasteira, tenis), só por conta da altura da barra. E faz diferença, porque a calça com a barra longa até dá pra dar uma dobradinha, mas a calça de barra mais curta, fica "faltando pano" no sapato de salto alto e parece que a gente escolheu a numeração errada.



Botões: bom mesmo é quando a gente compra a camisa numa loja bem especial que dá aquela reforçadinha nos botões antes da peça ir para casa... Se não é o caso, vale a pena conferir, antes de vestir, se os botões estão firmes, para não correr o risco de perder botão no meio do caminho. (Lembrando que vale sempre a gente ter aquele mini-kit de costura na carteira! Quem quiser, manda e-mail ou deixa nome e endereço nos comentários que eu mando um personalizado!)


 
Tamanho Certo: todo mundo quer usar manequim 36 (a não ser minha mestra-cervejeira preferida que já tem a cinturinha 34!), mas a gente tem mesmo que aprender a comprar a roupa do tamanho certo, seja ele qual for. Vale considerar que o Brasil não é um país com super padrão de numeração, então nem sempre esse é o melhor guia. É óbvio que O corpo p-r-e-c-i-s-a caber dentro da roupa, sem gordurinha pulando fora da calça, sem casinha de botão abrindo ou tentando abrir e com sutiã aparecendo, sem manga apertando (ou aberta) na parte gordinha do braço, sem barriga aparecendo onde não deve, sem pagar cofrinho e peitinho, ou ainda sem aquele montão de pano sobrando. Essa escolha (do tamanho correto) colabora muito para a elegância. Na dúvida, vale mais comprar o tamanho correto e, se necessário, mandar ajustar, do que comprar o tamanho menor, na expectativa daquele regiminho que vai começar na segunda-feira.




Roupa (bem) lavada & passada: se você ou a pessoa que lava&passa as suas roupas não é a oitava maravilha do mundo, atenção atenção atenção na hora de vestir. Às vezes, uma mancha passa despercebida, uma costura passa desfeita, ou a barra passa meio capengando. Esse é o tipo de cuidado que quem confere a roupa na hora da limpeza deveria ter, mas a gente sabe que nem sempre acontece... E quando não acontece, vale aquele confere-geral em frente ao espelho. Pequenos detalhes podem dizer um montão sobre o cuidado que a gente tem com o que nos pertence.

Essa listinha pode se transformar em listona... aos poucos vamos (juntas!) acrescentando e atualizando o post. Mesmo que nem todo dia de manhã a gente tenha tempo para esse "checklist", vale deixar as orientações na memória. Com certeza, em pouco tempo, a gente já vai ter mais um monte de cuidados para não transmitir desleixo, porque afinal, descaso consigo mesma não tem nada a ver.