quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Valor Agregado

Preparem-se, porque essa vai ser uma conversa longa! Começa aqui o primeiro post sobre acessórios do Closet e esse assunto, com certeza, nunca vai parar de render.

Hoje, acessório é sinônimo de "agregar valor" - que aqui na nossa linguagem quer dizer "mais beleza" - e já é parte essencial de toda produção bem feita. Esse universo está se tornando mais rico a cada dia, com novos materias, muita cor, muitas possibilidades de coordenação entre peças e jeitos diferentes de usar. Aquela época em que acessório era bolsa-sapato-cinto-brinco-anel, ficou beeeem pra trás!

Quantas possibilidades a gente tem? Presta atenção: sapato, tornozeleira, cinto, bolsa, anel, relógio, pulseira, bracelete, colar, brinco, piercing, óculos, chapéus, bonés, tiaras, lenços, broches e até luvas e suspensórios para quem for mais corajoso. Já é um monte, não é?! E, vamos lá, quem tem mais pra lista, compartilha!





Não existe tanta regra assim para acessório. Quer dizer, sim, existem algumas, mas toda temporada tem novidade - pro bem. Lembra que não podia misturar prateado com dourado e hoje pode? Lembra que o sapato tinha que combinar com a bolsa e hoje tem mais graça se descombinar? Lembra que chapéu era coisa de usar na praia e olhe lá? Lembra que só podia usar um anel por vez e no dedo certo? Aleluia que tanta coisa melhorou!

Na hora de usar acessório, em princípio, a gente deve pensar em três coisas: proporções, coerência e harmonia.



Proporção quer dizer que existe um acessório de tamanho apropriado para cada pessoa. Por exemplo, um brinco que é brincão na Claudia Raia, é mais que brincão na Sandy, fica semi-impróprio. Na mesma linha, uma bolsinha de mão da Sandy, deve ficar tipo porta-moeda na mão da Claudia Raia, deu pra entender? A gente precisa respeitar isso e, embora possa pegar algumas peças emprestadas das amigas de vez em quando, tem que saber que em cada silhueta o impacto visual é diferente. Vale para todos os acessórios!





Coerência tem a ver com os acessórios conversarem entre si e com a produção toda. Sabe quando menino usa terno super elegante, cinto e sapato impecável, combinado com aquele relógio de corrida? Ou quando uma donzela escolhe bolsa clássica combinando com all star? Esse é o tipo de combinação que, na verdade, não combina. A orientação não é a gente sair vestida de Coco Chanel (combinandinho todos os detalhes) na rua e todo mundo igualzinha, mas precisa "manter a linha de raciocínio", pelo menos. Quando a produção é pro trabalho, com peças estruturadas, por exemplo, a gente tem que procurar uma bolsa mais sofisticada, tipo couro... e aí, no fim de semana, quando coloca bermuda jeans, camiseta e tênis, já pode apostar nas bolsas mais molengas, estampadas e de materias mais despojados.



E o último dos três, a harmonia, é quando a gente usa o bom senso para não sair de casa parecendo a Rainha da Sucata, lembra dela? Além das peças terem a proporção certa para você e conversarem com a sua produção, não dá pra usar tudo-ao-mesmo-tempo-já! Aquela fase de só usar brinco de bolinha e pronto é preguiça e preguiça dá sono nos olhos do outro (!), mas a gente precisa apostar em um ou dois pontos para não dividir atenção - isso quer dizer que quando a gente coloca brinco poderoso, por exemplo, se colocar colar poderoso, bolsinha poderosa e sandália de musa de escola de samba, o olho do outro fica confuso, não sabe para onde ir e a gente comunica bagunça total!

Estou no finalzinho desse primeiro post e, conforme o previsto, ainda tem um tanto de coisa pra falar desse mesmo assunto. Vamos combinar que, por enquanto, a gente vai testando esses "três mandamentos" e mandando as dúvidas por e-mail ou comentário?! Vocês testam, aí desse lado, como a gente faz para colocar em prática essa nossa conversa. E eu, daqui, além de exercitar os acessórios, sigo reparando e juntando ensinamentos de dia a dia, pra gente dividir. E, lá na frente, todo mundo vai fazer bonito junto!

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